sábado, 21 de maio de 2022

Como Criar Galinha Caipira

 

Como Criar Galinha Caipira

 Por muitas vezes, pequenos erros na forma de como criar galinha caipira pode nos levar a grandes perdas em nossas propriedades e, com isso, não atingirmos o rendimento máximo das nossas aves. Saiba como criar galinha caipira de forma lucrativa e aprenda como solucionar alguns desses problemas de forma muito simples e eficaz.

Hoje nós vamos falar um pouquinho sobre como conseguir bons lucros na avicultura executando boas práticas de manejo em nosso projeto de criação de galinha caipira.

Você tem ou pretende ter uma criação de frangos caipiras?

Está precisando de informações sobre como criar galinha caipira e desenvolver um sistema que possa aumentar a produtividade da sua criação? 

Saiba que você está no lugar certo, aqui no nosso blog vamos trocar algumas idéias e experiências de como obter lucro criando galinhas no sistema alternativo de forma profissional e sistemática.

Ontem, eu recebí um e-mail de um criador de galinhas caipiras que mora lá em Januária, MG, e que gostaria de saber como criar galinha caipira e qual era a melhorar maneira de aumentar a produção de suas aves, pois, conforme suas próprias palavras, “de uns tempos para cá, elas não vem produzindo nem o suficiente para pagar o milho que come”.

E as dúvidas que ele me relatou, de certa forma, pode estar acontecendo com muitos criadores no Brasil inteiro que não estão sabendo como criar galinha caipira de forma profissional.

A primeira questão está relacionada com a raça de galinhas que ele está criando em sua propriedade.

Pessoal, está comprovado que criar galinhas sem raça definida não trás retorno econômico, em função da baixa produtividade de carne e ovos que essas aves possuem. A conversão alimentar das galinhas “pé duro” é muito ruim, ou seja, consomem muita ração e produzem poucos ovos ou carne.

como criar galinha caipira

O primeiro passo, para resolver esse problema, é fazer uma aquisição de aves de raça pura que tenha dupla aptidão ou que tenha uma característica específica para produção de carne ou ovos.

Outra questão importante de como criar galinha caipira é com relação à alimentação das aves, se você está oferecendo apenas milho para suas aves, fique sabendo que elas estão recebendo uma alimentação deficiente em alguns nutrientes que são importantíssimos para uma boa produção de carne ou ovos.

Na criação de galinha caipira devemos sempre oferecer a alimentação adequada para cada fase de vida da ave.

Em seu e-mail ele descreve também que tem um galinheiro, de mais ou menos seis metros quadrados, onde ele abriga as galinhas (82 aves) durante a noite e em épocas chuvosas.

Um fator muito importante de como criar galinha caipira e que não é uma prática comum nos criatórios, é o dimensionamento correto para a construção do galpão (galinheiro). Um projeto adequado para 80 aves deveria ter, pelo menos, oito metros quadrados.

No momento da construção do galpão existem outros fatores que devem ser levados em consideração para que as aves tenham um ambiente onde elas possam receber as condições ideais para um desempenho eficiente.

Por último, e não menos importante, devemos oferecer às aves uma fonte de água fresca e potável em recipientes que devem ser limpos todos os dias, para evitar que haja contaminação por fungos e bactérias em seu plantel.


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quinta-feira, 17 de março de 2022

Cultivo da Canola

Cultivo da Canola 

A canola (Brassica napus L. var oleífera) é uma espécie oleaginosa, da família das crucíferas, passível de incorporação nos sistemas de produção de grãos do Sul do Brasil. Destaca-se como uma excelente alternativa econômica para uso em esquemas de rotação de culturas, particularmente com trigo, diminuindo os problemas de doenças que afetam esse cereal e possibilitando a produção de óleos vegetais no período do inverno, quando uma grande área de cultivo no país fica ociosa. Também traz benefícios para o sistema de rotação de culturas das propriedades agrícolas, envolvendo tanto as leguminosas, como soja e feijão, como gramíneas, caso do milho, cultivadas em sucessão aos cultivos de inverno, na safra de verão.

Além de produção de óleo para consumo humano, a canola também pode ser utilizada para a produção de biodiesel e, do farelo resultante (34 a 38 % de proteínas), para uso da alimentação animal, na formulação de rações.

No Brasil, hoje, se cultiva apenas canola de primavera, da espécie Brassica napus L. var. oleifera, que foi desenvolvida por melhoramento genético convencional da colza, grão que apresentava teores mais elevados de ácido erúcico e de glucosinolatos. Na Embrapa Trigo, as pesquisas e experiências com a produção e uso de óleo de colza como combustível, iniciadas nos anos 1980, foram interrompidas na década de 1990 após o abrandamento da crise do petróleo e consequente alteração de prioridades governamentais. No final dos ano 1990, retomou-se a pesquisa com essa cultura, exclusivamente com o padrão canola. Atualmente, com a demanda pelos biocombustíveis, essa cultura conta com um novo incentivo na pesquisa e na produção.

Este “Sistema de Produção” é mais um resultado do esforço que a Embrapa Trigo e sua equipe de pesquisadores vêm realizando em favor do desenvolvimento da cultura de canola no País. Seguindo a política editorial desta série, contempla informações geradas tanto no âmbito da Embrapa quanto por outras instituições de pesquisa do País e do exterior. É um guia com informações valiosas e consistentes, contendo orientações para os mais diferentes segmentos da cadeia produtiva desta oleaginosa no Brasil.



sábado, 12 de março de 2022

Sistema de Plantio Direto da Cebola

 

Este método é utilizado, principalmente, por médios e grandes produtores, que normalmente dispõem de sistema de irrigação por aspersão do tipo pivô-central.

A semeadura é realizada mecanicamente por meio de semeadoras convencionais ou a vácuo, utilizando-se entre 3 e 5 kg de sementes por hectare. As semeadoras a vácuo fazem a semeadura com maior precisão e utilizando menor quantidade de sementes que as de distribuição mecânica.

A maioria dos produtores realizam a semeadura de março a abril, em canteiros com 1,3 a 2,0 m de largura no topo e 15 a 20 cm de altura (Figura 1). Em alguns casos, a semeadura é realizada diretamente na superfície do solo, sem utilização de canteiros, de modo a aumentar o número de plantas por área, pela eliminação das ruas entre canteiros. Neste caso, deve-se evitar épocas ou locais sujeitos ao encharcamento.

A semeadura é feita em linhas simples ou duplas, conforme a máquina empregada, a 1,0–1,5 cm de profundidade. Quando se utilizam linhas duplas espaçadas cerca de 12 cm entre si e 18 cm entre as linhas duplas, trabalha-se com até 20 sementes por metro linear em cada linha. No caso de uso de linhas simples, mais comum quando se cultiva cebola no sistema de plantio direto (SPD), são dispostas até 45 sementes por metro linear.

Para semeadura direta em pequenas áreas, existem equipamentos rústicos, basicamente cilindros ou latas perfuradas, desenvolvidos e/ou adaptados pelos próprios agricultores.

Observa-se tendência de aumento no estande e, consequentemente, no número de sementes por metro linear no plantio. O limite no estande tem sido definido pela tolerância da cultivar ao adensamento, devendo-se considerar que os bulbos de cebola apresentam grande capacidade de arranjo espacial em altas densidades na linha de plantio. Observa-se que bulbos aparentemente deformados no campo, por vezes até triangulares, em função do adensamento de plantas, tendem a se arredondar no processo de cura, reduzindo estas deformações.

O método de semeadura direta, associado à escolha de cultivares híbridas que toleram o adensamento, permite atingir altas populações finais, por vezes superiores a um milhão de plantas por hectare, assim como altas produtividades, superiores a 100 t.ha-1.

A semeadura direta no SPD vem sendo realizado com sucesso em algumas regiões, especialmente em São José do Rio Pardo, SP, pelo uso de semeadoras a vácuo com mecanismos de corte da palhada. O espaçamento entre linhas de plantio é de 30 a 45 cm e o número de sementes por metro linear utilizado varia de 30 a 45, resultando em uma população de 800 a 1.200 mil plantas por ha na semeadura e 650 a 900 mil plantas por ha na colheita.

As dificuldades mecânicas com relação a obter uma eficiente distribuição de sementes em função da maior irregularidade da superfície, que não é revolvida, e da presença de resíduos culturais, muitas vezes irregularmente distribuídos sobre o solo, vem sendo solucionadas pelo desenvolvimento e adaptação das plantadoras.

Predomina o uso do milho como planta fornecedora de palhada para o SPD em cebola. Mesmo após sua trituração, é difícil a operação da semeadora sobre palhada de milho. Alguns produtores, para reduzir este problema, tem efetuado uma leve gradagem niveladora, incorporando parcial e superficialmente a palhada, facilitando a operação da máquina.

A esta prática no início chamou-se vulgarmente de “cultivo mínimo”, termo equivocado visto que o revolvimento é bem maior que no SPD e que “cultivo mínimo” e “plantio direto” são sinônimos para muitos técnicos, inclusive em literatura internacional – “minimum tillage” e “no-tillage”. Passou-se então a adotar o termo “gradinha” ou tecnicamente “plantio com preparo reduzido”. Todavia, o plantio com preparo reduzido revolve superficialmente o solo, desestruturando-o, e acelera a decomposição da palhada. A utilização de plantas de cobertura que forneçam palhada mais fina como o milheto ou a aveia pode melhorar o sistema, devendo-se avaliar sua viabilidade econômica, sempre considerando as realidades locais.

Particularmente para cultivos de verão, o semeio no local definitivo sobre a palhada pode proporcionar incrementos produtivos quando comparado ao sistema convencional com o semeio em solo descoberto, em função do enorme efeito maléfico causado pelas fortes chuvas que ocorrem nesta época no estágio inicial de desenvolvimento da cultura, comprometendo o estande final. 

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Plantio de Cebola no Brasil

Plantio de Cebola no Brasil 

A cebola (Allium cepa L.) pertence a família das a aliáceas. É originária do Centro da Ásia e foi sendo dispersa para o Ocidente. Chegou na Pérsia espalhou-se para a África e Europa. Os primeiros colonizadores foram responsáveis pela chegada da cebola no Continente Americano, onde no Brasil, é cultivada desde Pemambuco até o Extremo Sul do país (Murayama, 1973).

A cebola é consumida principalmente in natura na forma de saladas e como condimento ou tempero, na alimentação humana. Atualmente, pode-se afirmar que é consumida por quase todos os povos e, em conseqüência, sua produção e comércio estão distribuídos em todas as partes do mundo. A quantidade e o valor da produção da cebola, quando comparados com outros produtos agrícolas parecem ser insignificantes, mas na dieta alimentar é de grande importância. A cebola é a base econômica de um grande número de produtores agrícolas, dada a especificidade das características deste produto (Debarba et al., 1998).

Como para as demais hortaliças cultivadas a campo no Brasil, o período de março a novembro concentra a maior parte da produção de cebola nas principais regiões produtoras.

Neste período, as temperaturas são menores, principalmente as noturnas, e a ausência de períodos longos de chuva facilitam o manejo da cultura, principalmente o controle de doenças, e propiciam a produção de bulbos de melhor qualidade. A Região Nordeste (Bahia e Pernambuco, principalmente) é exceção, pois produz cebola o ano todo sob irrigação, embora, como nas demais regiões, considera-se o período de dezembro a março como o mais adverso à cebola, em termos climáticos.

Plantando-se em março-abril, o crescimento ocorre sob condições adequadas de temperatura e num período de encurtamento de fotoperíodo, mas ainda suficientemente longo para o crescimento rápido das plantas. A partir do final de junho, o fotoperíodo e a temperatura voltam a crescer. A bulbificação iniciará quando o fotoperíodo e a temperatura exigidos pela cultivar forem atendidos.

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Uso da Plasticultura no Abacaxi

 Uso da Plasticultura no Abacaxi

A técnica, que nada mais é do que o cultivo protegido por plástico é uma boa alternativa para que pequenos produtores tenham ganhos significativos ao final da safra. A técnica é capaz de aumentar em até 30% a produtividade dos pomares e ainda reduzir os custos em até 50% com energia elétrica, água e período de irrigação. 

O uso da plasticultura na agricultura possibilita o plantio de quase todas as culturas nas mais diversas regiões e condições de solo e clima do país. Para a abacaxicultura, o plástico permite uma antecipação de colheita, pois as plantas ao sofrerem menor estresse hídrico, desenvolvem-se mais rapidamente, atua também na redução de concorrência das plantas invasoras diminuindo os custos com herbicidas e até mesmo inseticidas.

O gasto extra poderá ser de até R$ 3.000,00 por hectare, que poderá ser facilmente pago com a renda extra obtida, pela colheita em período de entressafra e os menores custos de defensivos agrícolas. Com a precocidade de produção o produtor poderá comercializar seus frutos com preços melhores, gerando renda adicional.

1INTRODUÇÃO GERAL

O crescimento populacional representa um grande desafio paraas práticas agrícolas eficientes e sustentáveis. Não obstante ao aumento da demanda por alimentos,cresce também a pressão sobre os recursos naturais. Utilizar coberturas sobre a superfície do solo pode ser uma opção para aumentar a eficiência tanto do uso de recursos naturais cada vez mais escassos, como uma possibilidade de melhorar a produtividade e a qualidade das colheitas.

Essa técnica, conhecida também como mulching,utiliza diversos materiais para cobrir a superfície do solo. Quanto à origem, podem ser classificados em orgânicos ou inorgânicos,como os plásticos. Enquanto os materiais orgânicos representam opções debaixo custo, principalmente por possibilitar o uso de resíduos produzidos nas propriedades rurais, as coberturas plásticas apresentam alternativas para modificar o microclima de cultivo.

Nesse sentido, as coberturas plásticas somam benefícios que podem contribuir para o desenvolvimento das culturas e aumentar sua produtividade. Elas diminuem aevaporação do solo;  diminuem o consumo de água da cultura  controlam eficientemente a maioria das plantas infestantes aumentam a absorção  e a eficiência do uso de nutrientes podem repelir insetos-pragas podem diminuir a incidência precoce de doenças causadas por vírus podem reduzir doenças desolo e melhorar a sua agregação podendo proporcionar aumento na atividade microbiana e favorecer o crescimento de raízes.

Quando utilizadas colorações distintas, benefícios adicionais podem ser conseguidos, a depender das condições climáticas e da cultura. Além do efeito térmico, as coberturas plásticas coloridas alteram a quantidade e a qualidade da luz refletida e, de acordo comas propriedades ópticas características de cada material é possível melhorar o microambiente de luz e potencializar a fotossíntese, favorecendo o crescimento e desenvolvimento da cultura Com isso, pode-se ainda regular os processos fisiológicos da planta e atua rna sua partição fotossintética contribuindo também para o desenvolvimento dos frutos.

Assim, várias colorações têm sido testadas,cada uma com suas vantagens e desvantagens. Em regiões de climas moderados, a preta pode ser uma opção para estender a estação de cultivo devido à sua alta capacidade de absorver radiação solar e retransmiti-la ao solo como energia térmica ou radiação de onda longa. Por ter sido introduzida desde a década de 50 é uma das cores mais utilizadas. A branca ou preta/branca proporciona maior controle térmico do solo, principalmente sob alta incidência de radiação solar,além de aumentar a intensidade luminosa próximo ao dossel da planta. Podendo ser então uma opção para locais com temperaturas mais elevadas bem como uma alternativa para melhorar o micro ambiente de luz e potencializar a fotossíntese contribuindo para o crescimento e desenvolvimento da planta A prata ou preta/prata possui características ópticas intermediárias. Também tem sido utilizada como medida para auxiliar no controle de alguns insetos-praga devido ao seu efeito dissuasivo e por diminuir a incidência precoce de doenças causadas por vírus Já a vermelha também é utilizada em algumas culturas por promover maior produtividade e qualidade nas colheitas 

Contudo, a intensidade das modificações feitas pelas colorações plásticas no microclima de cultivo está associada a fatores climáticos do local ou época de cultivo; Então, pesquisas descrevem respostas distintas de várias culturas às colorações plásticas em diferentes locais e épocas, tanto para fatores de crescimento; como para produtividade.

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Ponto certo da colheita do café

Ponto certo da colheita do café 

Não só a condução e os tratos culturais são importantes na cultura do café. A colheita é fator primordial para se chegar à fase de preparo do café para venda com ganhos em qualidade e produtividade. Deve-se ficar atento ao momento certo de se iniciar a colheita e de terminá-la. São várias as maneiras de se colher o café, dependo da região, inclinação dos terrenos e disponibilidade de tecnologia. Este pode ser considerado um dos momentos-chave para se ter sucesso na cultura.

 Início e término da colheita

 Na cultura do café, um dos inconvenientes é a ocorrência desigual da maturação dos frutos. O ideal é que se inicie a colheita quando restarem apenas 5% de frutos verdes, podendo chegar ao limite de 20%. Quantidades grandes de frutos verdes na colheita do café ocasionam perdas na classificação por tipo, qualidade da bebida, desgaste da planta e valor do produto.

 Quanto mais altitude e menor temperatura, mais demorada é a maturação dos frutos do café. Nas regiões do centro ao sul do país, as colheitas se iniciam em março/abril e se enceram em setembro, quando se inicia a floração nestas regiões. Já do centro do país para o norte, como no Estado da Bahia, a colheita se inicia em setembro.

Cuidados na pré-colheita

As plantas de café devem ser bem nutridas para que deem origem ao máximo de frutos cereja, perfeitos e cheios, para serem colhidos. No entanto, a má nutrição leva à produção de frutos imperfeitos, além de facilitar a entrada de doenças e pragas, que causam injúrias e imperfeições nos frutos. Deve-se ter cuidado com a entrada das pragas e doenças, já citadas anteriormente, por meio do monitoramento e da prevenção, em áreas com problemas fitossanitários.

 Antes do início da colheita, deve-se atentar para os cuidados com:

-Pessoal qualificado e equipado para as operações;

-Máquinas e equipamentos revisados, com bom funcionamento;

-Panos, rastelos, sacarias, peneiras e outros materiais disponíveis;

-Terreiros, secadores, lavadores e tulhas, limpos e revisados.

A arruação consiste em uma operação em que se retiram os restos vegetais, que ficam no chão, abaixo da saia da planta do café. Isso é feito com rastelos, sopradores  e outros equipamentos para deixar o pé da planta limpo para se fazer a colheita. Entretanto, deve-se ter o cuidado para não retirar terra demais danificando as raízes da planta. Essa prática facilita a colheita no chão, melhorando a qualidade dos grãos colhidos.

FATORES QUE AFETAM A QUALIDADE DO CAFÉ

As características físicas e a composição química do café são influenciadas por fatores de naturezas diversas, destacando- se entre eles os fatores genéticos, ambientais, nutricionais, manejo da lavoura, colheita, preparo, etc. À exceção dos genéticos e ambientais, os demais fatores podem ser controlados após a implantação da lavoura, não só no manejo (boas práticas agronômicas), quando todo esforço é empregado na obtenção do máximo em qualidade, quanto na fase de colheita e preparo do café, em que se busca a preservação da qualidade obtida.

Padronização da lavoura para a melhoria da qualidade

O princípio básico a ser aplicado na implantação e condução da lavoura cafe-eira é o de que a matéria-prima para um café de qualidade é constituída por frutos cerejas sadios e graúdos e que estes ocorrem em ramos vigorosos. Com o passar dos anos, as altas cargas, os fatores adversos (secas, pragas, doenças), o fechamento e mesmo a própria idade da lavoura somam-se, resultando na acentuação da bienalidade, finalizando em declínio.

As técnicas de manejo, visando os objetivos citados, devem ser aplicadas desde o início, a partir da implantação do cafezal, o que requer planejamento, a começar pela escolha da variedade mais adequada às condições de clima e solo de cada região, combinando os espaçamentos mais compatíveis com o manejo que se pretende adotar, levando-se em conta a disponibilidade dos recursos requeridos.



Monitoramento da lavoura de Café

 Monitoramento da lavoura de Café

A análise de folha auxilia no monitoramento das necessidades da cultura ao longo do crescimento. Análises sazonais, conduzidas no mesmo estágio de crescimento, ajudam o produtor a ter uma melhor visão sobre o estado nutricional e as necessidades, destacando onde são necessários ajustes dentro do programa de adubação.

A análise de folha também deve ser usada para diagnosticar ou confirmar deficiências nutricionais, particularmente onde os sintomas visuais são confusos, não visíveis, ou onde ocorrem múltiplas deficiências nutricionais.

É importante assegurar que as análises foliares sejam norteadas por procedimentos padronizados. A fase de pré-florescimento é a mais indicada para amostragem, porém análises mais frequentes são desejáveis para averiguação e ajuste de nutrientes durante períodos de crescimento ativo. Na prática, o terceiro e quarto pares de folha a partir do ápice em um galho primário ativo de plantas produtivas, são mais comumente amostradas. As amostras devem ser formadas por aproximadamente 100 folhas selecionadas aleatoriamente de 40 plantas dentro talhões homogêneos de 2 a 4 ha. 

A implantação de uma lavoura é uma das fases mais importantes para o sucesso de uma propriedade cafeeira. As consequências das decisões tomadas nesse momento poderão ser observadas e sentidas ao longo do período de condução da cultura. 

Se as decisões forem analisadas criteriosamente e planejadas, podem repercutir por todo estabelecimento da cultura naquela área, garantindo ou não a obtenção de altas produtividades, cafés com melhor qualidade de bebida, plantas vigorosas, diminuição no custo de produção, baixo impacto ambiental e facilidade de manejo. Já decisões erradas podem trazer prejuízos significativos ao produtor e também ao meio ambiente


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