Como produzir trutas
A truta é um peixe de formato alongado. Pode ter até cerca de 60 cm de comprimento total e pesar até 2 kg. O dorso tem cor que varia do esverdeado ao castanho, sendo as laterais acinzentadas e a parte inferior esbranquiçada. Tem pintas escuras nas nadadeiras e no corpo.
É originária do hemisfério norte, Estados Unidos e Canadá, tendo sido, no entanto, introduzida em todos os continentes. Em 1867, pelos desafios apresentados aos pescadores, as trutas marrons (Salmo trutta) foram inseridas na Nova Zelândia, sem serem levados em consideração os impactos ambientais que esta inserção acarretaria. Para descobrir esses impactos, utilizou-se a ecologia dos riachos do país e comparou-se com peixes nativos não-migratórios do gênero Galaxias. A truta é uma espécie carnívora, alimentando-se de insetos e outros peixes e, através de diversos experimentos, puderam notar que na presença das mesmas, os peixes Galáxias, que são herbívoros, tiveram sua atividade diária significativamente reduzida. Isso, provavelmente ocorreu pelo maior risco de predação durante o período diurno. Notou-se também que nos riachos em que haviam trutas, a taxa de Energia radiante absorvida mediante a fotossíntese era mais alta, já que haviam menos invertebrados se alimentando de algas naqueles locais. Sendo assim, puderam observar a proliferação das algas seis vezes maior do que nos riachos com Galaxias.
Uma característica que faz com que a truta não seja mais disseminada é o fato de que se as águas de seu habitat não forem cristalinas, frescas, puras e bem oxigenadas ela não sobrevive. Estas características são encontradas principalmente em rios de montanhas. Locais mais turbulentos como a montante dos rios contém elevada concentração de oxigênio, propiciando o habitat ideal para estes peixes, enquanto que locais com baixa movimentação de água, como a jusante do rio, são mais propícios a outras espécies de peixes como o lúcio (Esox lucius).
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