Dicas sobre criação de ovinos
O ovinocultor deve fazer um bom planejamento antes de iniciar a criação. A nutrição é de extrema importância, porém muitos produtores, ao ingressarem na atividade, invertem a seqüência da realidade técnica, ou seja, primeiro compram os animais, em seguida preocupam-se com a alimentação.
Existem várias raças de ovinos criadas no Brasil, sendo as mais difundidas a Suffolk, Hampshire Down, Texel, Ile de France e Dorper (lanadas e específicas para carne). A Corriedale e Romney Marsh seriam as de dupla aptidão (carne e lã), além das nacionais deslanadas, como a Santa Inês e a Morada Nova (carne e couro).
Nos lanados há necessidade de se efetuar a tosquia uma vez por ano (outubro a janeiro). Como a lã é considerada um excelente isolante térmico, protegendo os ovinos tanto do frio quanto do calor, as raças lanadas podem ser criadas tanto em regiões frias como nas mais quentes (áridas e semi áridas).
Para criarmos qualquer raça, devemos levar em consideração a fertilidade do solo e o valor nutritivo do pasto, pois as exigências nutricionais das mesmas variam de acordo com a sua aptidão: as específicas para carne são mais exigentes, enquanto que as de duplo propósito têm média exigência nutricional.
Dentre as gramíneas mais indicadas para os ovinos destacam-se as seguintes: Estrela branca e/ou roxa, Tifton-85, Coast cross, Matogrosso, Aruana e Tanzânia. Deve-se evitar a Brachiaria decumbens, pois esta pode resultar em fotossensibilização nos animais. Além disso, sempre é importante lembrar da importância de sombra na pastagem, pois protege os animais da forte radiação solar nas horas mais quentes do dia, momento que aproveitam para ruminar.
A fertilidade do solo é um ponto imprescindível que deve ser levado em consideração, pois antes de implantar uma pastagem cultivada (gramínea e/ou leguminosa) devemos saber qual sua exigência em nutrientes e quanto o solo tem a oferecer (V% - saturação de bases).
Para isso antes de tudo deve-se fazer uma análise química do solo. Após essa prática, devemos então fazer o preparo do solo, calagem, adubação (química e/ou orgânica) e posteriormente a realização do plantio da forrageira.
O ideal é usar a técnica de pastejo rotacionado (divisão do pasto em piquetes), pois este promove a diminuição da verminose dos ovinos, uma vez que aproximadamente 80 a 90% dos vermes estão no pasto e somente 10 a 20% nos animais. Além disso, o pastejo rotacionado respeita o hábito de crescimento das gramíneas, deixando um período sem animais na área (período de descanso), conseqüentemente aumentando a produtividade da mesma e permitindo maior lotação animal.
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