sábado, 28 de março de 2020

Cultura da Amora Preta

Cultura da Amora Preta

O cultivo de frutas, no Brasil, é muito grande, principalmente de frutas tropicais, como a banana e a laranja. No entanto, devido à diversidade climática e à heterogeneidade de solos que o país possui, outros tipos de frutas estão ganhando cada vez mais espaço entre os fruticultores. Uma delas é a amora-preta, que tem apresentado sensível crescimento de área cultivada nos últimos anos no Rio Grande do Sul (principal produtor brasileiro), como mostra estudo realizado por Luís Eduardo Antunes, da Fazenda Experimental de Caldas, Minas Gerais.
Segundo o pesquisador, em artigo publicado na edição de janeiro de 2002 da revista Ciência Rural, "a amoreira-preta é uma espécie arbustiva de porte ereto ou rasteiro, que produz frutos agregados, com cerca de 4 a 7 gramas, de coloração negra e sabor ácido a doce-ácido". É uma planta que geralmente apresenta espinhos e produz em ramos de ano, sendo eliminada após a colheita. "Enquanto alguns ramos estão produzindo, outras hastes emergem e crescem, renovando o material para a próxima produção", explica Antunes no artigo.
Ainda segundo ele, a amoreira-preta desenvolve-se bem em solos drenados e medianamente ácidos: "o manejo das plantas é simples, devendo-se tomar maiores cuidado apenas com a adubação, o controle de invasoras, as podas de limpeza e desponte e, particularmente, com a colheita, devido à elevada sensibilidade das frutas". Sua floração ocorre, geralmente, entre setembro e novembro e a colheita costuma ir de dezembro a fevereiro, sendo realizada a cada dois ou três dias.


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domingo, 22 de março de 2020

A Importância da Cobertura de Solo

A Importância da Cobertura de Solo

Principais benefícios do uso de cobertura do solo

• Promover a formação de cobertura vegetal, impedindo o impacto direto das gotas de chuva no solo e quebrando a energia cinética da chuva e, com isso, diminuindo a erosão do solo especialmente em terrenos com maior declividade e, em consequência, protegendo as fontes de água de assoreamento e contaminações e, o mais importante, diminuindo os riscos de enchentes e enxurradas;
• Manutenção da umidade do solo, diminuindo as perdas por evaporação. Pode ocorrer uma redução de até 20% na necessidade de irrigação;
• Aumentar a infiltração de água no solo, diminuindo o escorrimento superficial;
• Buscar uma melhor estruturação do solo (melhor agregação, maior aeração), favorecendo os cultivos posteriores;
• Implementar a reciclagem de nutrientes no solo. Através das espécies com sistema radicular mais profundos é possível reaproveitar os nutrientes já perdidos, para serem aproveitados pelos cultivos;
• Melhorar o manejo de plantas espontâneas (“mato” ou “inços”), cultivando plantas de cobertura com alto grau de competitividade e com isso, economizar capinas.  Algumas espécies de adubos verdes (ex.: aveia preta e feijão de porco) ainda tem efeito alelopático sobre as plantas espontâneas (papuã e tiririca ou junça), inibindo-as;
• Aumentar o teor de matéria orgânica do solo, melhorando características físicas, químicas e biológicas do solo. É a matéria orgânica que dá a cor escura aos solos e que garante que ele se mantenha “vivo”. A matéria orgânica atua tanto na fertilidade do solo quanto em seu condicionamento físico, tornando os solos argilosos mais “leves” e soltos e, tornando os arenosos com maior retenção de umidade;
. Aumentar a biodiversidade e, com isso, maior equilíbrio ecológico das espécies e, em consequência, menor surgimento de pragas e doenças. A agricultura convencional ao priorizar a monocultura, o uso frequente de agrotóxicos e a remoção da vegetação nativa, reduz a diversidade de espécies causando o desequilíbrio do meio ambiente favorecendo o desenvolvimento de pragas e desfavorecendo os inimigos naturais destas pragas. A cobertura vegetal, além de evitar a erosão do solo, pode servir de abrigo, alimento e local de reprodução;
. Tanto a cobertura morta como a cobertura viva facilita e favorece o plantio direto e cultivo mínimo dos cultivos. O revolvimento excessivo do solo provoca a destruição dos agregados do solo, acelerando a decomposição e a perda da matéria orgânica e, além disso, pode levar ao endurecimento da camada superior do solo, que fica então compactada e difícil de trabalhar;
. Regulação térmica do solo, observando-se amenização da temperatura nas horas mais quentes do dia com redução de até 10oC na palhada de superfície do solo, em relação ao solo desprotegido, e retenção do calor residual nas horas mais frias do dia.  


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sábado, 7 de março de 2020

Plantio Direto de Hortaliças Vídeo 5 Produção de Hortaliças na Região Serrana

Produção de Hortaliças na Região Serrana

Destaque especial deve ser dado ao SPDH no que concerne à Agricultura de Montanha, em vista das fragilidades e das limitações nesses ambientes, haja vista a tragédia ocorrida em 12 de janeiro de 2011 na Região Serrana do Rio de Janeiro, com enxurradas violentíssimas que foram potencializadas pelo modelo agrícola utilizado. Dando continuidade ao trabalho, acaba de ser aprovado um projeto para capacitação de multiplicadores (técnicos e agricultores líderes) e promoção da adoção do SPDH em ambientes de montanha da Região Sudeste. Faz-se importante aqui lembrar que, para ambientes muito declivosos, é possível que seja necessária a adoção do SPDH consorciado com outras práticas de conservação do solo, como o terraceamento, por exemplo.

É indispensável buscar alternativas para o desenvolvimento de modelos de produção de hortaliças mais amigáveis ao meio ambiente, com viabilidade econômica e sustentabilidade ambiental, adequado às condições edafoclimáticas tropicais. Finalmente, o SPDH deve receber ajustes conforme as realidades locais, podendo ser desenvolvido nos mais diversos ambientes ou realidades socioeconômicas.


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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Plantio Direto de Hortaliças Vídeo 4 Efeito Estufa e Mudanças Climáticas

Plantio Direto de Hortaliças Vídeo 4 Efeito Estufa e Mudanças Climáticas


Para a adoção do SPDH, deve-se considerar que as hortaliças, em geral, não proporcionam resíduos de palhada em quantidade adequada à manutenção do sistema, devendo-se incluir plantas de cobertura na sucessão de cultivos com as hortaliças. Entende-se por plantas de cobertura espécies com elevado potencial de produção de matéria seca e com profundo e vigoroso sistema radicular que têm a capacidade de reciclar nutrientes e de, após sua decomposição, tornar o solo leve e poroso promovendo bom enraizamento do cultivo subsequente. Cabe lembrar que as plantas de cobertura, a exemplo de milho, trigo ou sorgo, podem ser culturas comerciais. Sugere-se como planta de cobertura o uso de gramíneas, preferencialmente consorciadas a leguminosas e outras espécies.


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domingo, 9 de fevereiro de 2020

Plantio Direto em Hortaliças Vídeo 2 Solos

Plantio Direto em Hortaliças Vídeo 2 Solos

O Sistema de Plantio Direto em Hortaliças (SPDH) segue três princípios básicos: o revolvimento localizado do solo, restrito às covas ou sulcos de plantio; a diversificação de espécies pela rotação de culturas, com a inclusão de plantas de cobertura para produção de palhada; e a cobertura permanente do solo.
Dentre os benefícios do SPDH, destacam-se a redução nas enxurradas em torno de 90% e nas perdas de solo em torno de 70%, minimizando processos erosivos; a economia de água em culturas irrigadas em até 30%; a diminuição na mecanização em até 75%; a regulação térmica proporcionada pela palhada com redução dos extremos de temperatura em até 10ºC na superfície do solo; incremento nos teores de matéria orgânica e maior ação biológica de minhocas e outros organismos; a menor dispersão de doenças, pelo não revolvimento do solo e redução de enxurradas e respingos; e a redução nas capinas pela barreira proporcionada pela palhada para as plantas infestantes. Tem-se observado que, em função da preservação ou recuperação da qualidade do solo, os níveis de adubação têm sido diminuídos sem prejuízo na produtividade de lavouras.


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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Plantio direto de hortaliças Introdução

Plantio direto de hortaliças Introdução

A produção de hortaliças é, geralmente, atividade intensiva com sistemas de produção baseados em intensa e frequente mecanização e na utilização intensiva e crescente de insumos. Em muitas regiões de produção de olerícolas e, especialmente em áreas montanhosas com topografia acidentada, os processos erosivos e o esgotamento dos recursos naturais são alarmantes, além do agravamento dos problemas fitossanitários decorrentes de um ciclo de empobrecimento crescente.
Já consagrado na produção de grãos pelos benefícios que proporciona, sendo utilizado em mais de 22 milhões de hectares, o Sistema de Plantio Direto (SPD) é importante ferramenta para a obtenção de sistemas produtivos mais sustentáveis também na produção de hortaliças.

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sábado, 28 de dezembro de 2019

Vários sistemas de irrigação



A irrigação é uma técnica que tem como objetivo suprir as necessidades hídricas de uma área plantada em decorrência à baixa disponibilidade hídrica ou a má distribuição das chuvas. Os principais tipos de irrigação utilizados atualmente são a superficial, a localizada e a aspersão.

Pivô
A irrigação por Pivô permite aplicar, de maneira precisa, a quantidade necessária de água e fertilizantes em cada cultura, reduzindo os custos operacionais e de mão de obra, e dando resultados excelentes para o produtor.

Indicação

A irrigação por Pivô é indicada para culturas de grãos (feijão, milho, soja, etc.), tomate industrial, algodão, cana-de-açúcar, batata, cebola, alho, citrus, mamão, banana, mamão, pasto, etc.

Para irrigar culturas mais altas, como cana, banana, citrus, mamão, etc.., a Lindsay possui versões de pivôs de 4 a 6 metros de altura, mantendo a mesma robustez e durabilidade do pivô padrão. Os Pivôs Lindsay-Zimmatic são os únicos no mercado que oferecem garantia de 3 anos, e que têm os tubos com espessura de parede de 3,0 mm e 3,2 mm, o que garante pelo menos 30% de aumento da vida útil do equipamento. Nossos motorredutores e redutores de roda são “heavy duty”, para trabalho pesado, que aliam alta resistência à grande eficiência.

Gotejamento
O gotejamento é uma forma de irrigação localizada, usada em uma grande variedade de culturas, ao redor do mundo. Permite a aplicação de fertilizantes adicionados à água, consistindo na fertirrigação.

A aplicação da água ocorre a partir dos gotejadores dispostos ao longo do tubo gotejador. O tubo gotejador pode ser instalado na superfície do terreno ou abaixo da superfície.

A vazão e o espaçamento entre os gotejadores dependem das características do solo, tipo de cultura e características climáticas locais. De acordo com a necessidade, os tubos gotejadores podem ser fabricados com diferentes espessuras de parede, espaçamento entre emissores, valores de vazão e com sistemas de pressão compensado.

A irrigação por gotejamento apresenta vantagens importantes, pois é o sistema de irrigação com a melhor eficiência de distribuição de água.

Indicação

Possui um coeficiente de eficácia da ordem de 90%. É utilizado principalmente em culturas perenes e em fruticultura, embora também seja usado por produtores de hortaliças e flores, considerando a reduzida necessidade de água, comparada aos demais sistemas de irrigação. Esse sistema aplica baixas vazões com altas frequências, muitas vezes diárias, umedecendo um volume de solo menor do que os outros sistemas, o que reduz as perdas por evaporação.

Aspersão
O equipamento de aspersão convencional pode ser móvel, sendo os tubos e aspersores movimentados de uma área para outra a ser irrigada; ou pode ser fixo, onde toda a malha hidráulica e os aspersores necessários para irrigar a área toda ficam instalados.

O segredo de um bom sistema de aspersão convencional está em fazer um bom dimensionamento do equipamento e usar componentes confiáveis.

O custo operacional deve ser levado em consideração na escolha do tipo de sistema – móvel ou fixo.
O sistema móvel tem um custo de aquisição menor, porém seu custo operacional é elevado.

Indicação

A aspersão convencional é indicada para culturas de grãos, pasto, cana-de-açúcar, cultivo de gramas e hortaliças.